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Obrigada, mas Dessa Vez a Resposta é Não: Em Busca da Minha Porta Aberta

Foto do escritor: Dani RochaDani Rocha

Apesar de me encaixar em diversas minorias, não fui criada para me limitar a essas categorias. Acredito que todos nós enfrentamos nossas próprias dificuldades e desafios, independentemente de sexo, cor ou raça.


Fui criada com uma mentalidade corajosa, focada em fazer a diferença e sem muito tempo para as reclamações. Seguir em frente, dar o melhor de si e arriscar são os lemas que me guiaram. No entanto, para ser audacioso e se destacar na multidão, é necessário cultivar a criatividade e a originalidade. Essa foi a essência da minha formação: ir além e concretizar meus objetivos.


Não foi coincidência que, ao longo de grande parte da minha infância e adolescência, assumi papéis de liderança em vários anos escolares, além de ser a capitã do time de futebol e ter começado a dançar na igreja antes mesmo dos 3 anos de idade, o que me ajudou desde cedo, a não temer os olhares ou julgamentos dos outros. Sempre mantive uma postura firme, expressava minhas opiniões, possuía habilidades de liderança. Onde quer que eu estivesse, meu objetivo era mostrar meu valor e contribuir da melhor forma possível. Eu nunca passei despercebida.



No entanto, devo admitir que, mesmo considerando-me uma pessoa com excelentes qualidades tanto profissionais quanto sociais, me senti invisível ao procurar emprego nos Estados Unidos após a conclusão dos meus estudos. Todos os dias, me candidatava para dezenas de vagas e recebia uma enxurrada de respostas negativas que diziam: "Obrigada, mas Dessa Vez a Resposta é Não, obviamente que não com essas palavras. Eu sei que tenho muitas qualidades, tanto técnicas quanto comportamentais, para exercer a minha profissão em Marketing e Comunicação, mas é difícil manter minha autoestima intacta quando sou constantemente bombardeada por e-mails dizendo que "Não, você não é o suficiente (isso quando você recebe retorno da empresa).


Não vou ser hipócrita, é claro que é mais fácil e confortável eu atribuir a dificuldade de encontrar emprego à minha origem latina e ao fato de ser imigrante. É uma maneira conveniente de colocar a culpa de eu não conseguir emprego, em algo que está além do meu controle. Mas felizmente, ou infelizmente, eu não posso sentar e chorar, preciso continuar procurando a minha porta perdida, que está aberta em algum lugar.


Embora mantenha esperanças de encontrar oportunidades, sinto uma angústia profunda que, por enquanto, servirá apenas para impulsionar e alimentar meu desejo de ser ainda mais ousada, criativa e perseverante na busca pelos meus sonhos.


Sei que vocês não estão me vendo agora, mas certamente ainda ouvirão falar de mim!

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